Braga-a-Cair, blog criado para denunciar os problemas desta cidade.
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Braga a Cair - Campo das Hortas
Neste edifício (branco) sito no Campo das Hortas, em Braga, pode-se verificar uma diferença abismal a nível arquitectónico em relação aos restantes que o rodeiam. Incompreensível...
Cara Claudette Guevara, se verificar bem, a fachada do edifício recuperado tem linhas rectas, longe dos traços tradicionais das casas adjacentes, não se enquadrando no seu meio.
Os edifícios não têm de ser cópia dos que estão a seu lado, correndo o risco de deixarem de ser a imagem do seu tempo, sendo que já estamos no séc. XXI. Têm sim, de respeitar os seu vizinhos, única e exclusivamente porque se implantaram depois.
Se reparar bem, o edifício à direita é em linhas rectas, todo ele. Apenas os azulejos são de côr diferente. Os vãos (aberturas de exterior) são idêntico quer ao edifício da direita, quer ao da esquerda, sendo que o da esquerda tem arco em orgiva no piso da entrada e no 2º (coisa que não se utiliza desde o século XIII, quando muito XV, portanto está muito longe do seu tempo pois aparenta ter sido contruido no séc XVII/XIX).
Para além disso, as linhas horizontais (do piso de entrada, varanda e altura do edifício, relacionam-se com os vizinhos, por proximidade de linguagem (são idênticos a esse nível).
Mais ainda, o último piso, ligeiramente recuado e com um altura mais pequena que os pisos abaixo, tem precisamente a mesma liguagem formal que os do lado (o último piso recua, colocam-se vãos mais pequenos e perde importância em relação ao resto da fachada.
Por último, apesar de gostar muito de arquitectura e urbanismo, e tudo o que tenha que ver com a cidade e o seu crescimento, aviso já que nada tenho a ver com a construção deste edifício. Apenas expressei a opinião, porque entendo que tenho que explicar e intervir quando acho que - neste caso a vossa opinião - está completamente errada, faltando muitos pontos essenciais à analise.
Cara Cláudia, é com agrado que vejo o seu comentário. No entanto, permita-me discordar. Na minha opinião, por exemplo, as janelas do edifício em questão são rectangulares, não contrastando com os edifícios contíguos. Isto é, numa praça onde os prédios têm uma traça comum, este destaca-se claramente, pela negativa. Moro muito perto do sítio em questão, considerado o local onde se encontra a habitação onde resido como centro histórico. Há 10 anos atrás, a casa foi toda reconstruída e como é óbvio, a fachada teve de ser mantida e não modernizada. Mais um exemplo, para a casa ser "aceite" pela Câmara, as janelas tiveram de continuar no material "madeira". Mas continue a dar opiniões, neste ou outro post que já coloquei.É sempre bom receber posts seus. Um beijinho para si. Braga-a-cair
6 comentários:
Só em Braga!!!
Então devias ver o edifício da Benetton na rua do Souto! A fachada parece uma caricatura do que lá estava...
Acha mesmo que é uma diferença abismal? E então em que é que se baseia?
Cara Claudette Guevara, se verificar bem, a fachada do edifício recuperado tem linhas rectas, longe dos traços tradicionais das casas adjacentes, não se enquadrando no seu meio.
Discordando de si, vou dar a minha opinião:
Os edifícios não têm de ser cópia dos que estão a seu lado, correndo o risco de deixarem de ser a imagem do seu tempo, sendo que já estamos no séc. XXI. Têm sim, de respeitar os seu vizinhos, única e exclusivamente porque se implantaram depois.
Se reparar bem, o edifício à direita é em linhas rectas, todo ele. Apenas os azulejos são de côr diferente. Os vãos (aberturas de exterior) são idêntico quer ao edifício da direita, quer ao da esquerda, sendo que o da esquerda tem arco em orgiva no piso da entrada e no 2º (coisa que não se utiliza desde o século XIII, quando muito XV, portanto está muito longe do seu tempo pois aparenta ter sido contruido no séc XVII/XIX).
Para além disso, as linhas horizontais (do piso de entrada, varanda e altura do edifício, relacionam-se com os vizinhos, por proximidade de linguagem (são idênticos a esse nível).
Mais ainda, o último piso, ligeiramente recuado e com um altura mais pequena que os pisos abaixo, tem precisamente a mesma liguagem formal que os do lado (o último piso recua, colocam-se vãos mais pequenos e perde importância em relação ao resto da fachada.
Por último, apesar de gostar muito de arquitectura e urbanismo, e tudo o que tenha que ver com a cidade e o seu crescimento, aviso já que nada tenho a ver com a construção deste edifício. Apenas expressei a opinião, porque entendo que tenho que explicar e intervir quando acho que - neste caso a vossa opinião - está completamente errada, faltando muitos pontos essenciais à analise.
Cumprimentos, Cláudia.
Cara Cláudia, é com agrado que vejo o seu comentário.
No entanto, permita-me discordar.
Na minha opinião, por exemplo, as janelas do edifício em questão são rectangulares, não contrastando com os edifícios contíguos. Isto é, numa praça onde os prédios têm uma traça comum, este destaca-se claramente, pela negativa.
Moro muito perto do sítio em questão, considerado o local onde se encontra a habitação onde resido como centro histórico. Há 10 anos atrás, a casa foi toda reconstruída e como é óbvio, a fachada teve de ser mantida e não modernizada. Mais um exemplo, para a casa ser "aceite" pela Câmara, as janelas tiveram de continuar no material "madeira".
Mas continue a dar opiniões, neste ou outro post que já coloquei.É sempre bom receber posts seus. Um beijinho para si. Braga-a-cair
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